Duas histórias, um poema...

 Duas histórias, um poema...

Escreve um poema em que cruzes duas histórias (de dois objetos, de dois animais, de duas pessoas, de dois lugares, de dois escritores, de dois amigos …).

O lavradio

A ferro e fogo lavra,
Lavra pela força do lavrado.

Em sequeiro tempo vai dobrado,
Buscar o vertido da leiva tirado,
À força de uma cabeça só.

Um caminho a ferros tirado,
Por gentes desacatadas
Na “colheita” do semeado.

Quanto o retinir da picareta,                                                                Pietro Barucci
Quanto o tilintar do gado.
Ouvem-se os tambores toca a corneta,
Ai que belo achado!                                                                                                                                                                

                                                                    Soa o estridente apito,
                                                                    Por vezes berra o gado.
                                                                    Sobe o povo “erudito”,
                                                                    Vai-se um fardo pesado.

                                                                    Trabalho de bravura e calor,
                                                                    Quão sofrido é o braseiro…
                                                                    Pobre o humilde lavrador!
                                                                    Pobre o singelo fogueiro!


                                                                                                        Joaquim Rodrigo Gomes


                                

                      Uma criança, um velho

 

 A criança
não gosta de ser chamada criança
E o velho
não gosta de ser chamado velho.
 

A criança

Olha o velho com desconfiança

E o velho

À criança quer dar conselho.



A criança

Brinca com confiança

E ao velho

Dói-lhe o joelho



Mariana Lacerda

 


Desafio “A minha janela”


 Porquê escrever? Eis a pergunta!


Porque a escrita nos permite viajar até qualquer lugar, por mais remoto que seja;
Porque nos dá a possibilidade de experimentar diferentes sentimentos;
Porque torna possível a partilha de conhecimento; 
Porque possibilita a comunicação entre o passado, o presente e o futuro!

Escrever é um superpoder que propicia discorrer sobre milhares de temas, conceber inúmeras histórias, vestir diferentes personagens e até, eventualmente, mudar o mundo!

Cabe a cada um de nós dar asas às palavras que coloca no papel e fazê-las voar tão alto que
transcendam os céus e se perpetuem pela eternidade!


Vários alunos do 3.º ciclo responderam ao desafio "A minha janela", eis o resultado do seu voejar.


Da minha janela vejo o meu quintal, onde se encontram uns bancos molhados e a piscina suja. 
Vejo as casas e os quintais dos meus vizinhos e, à sua frente, consigo ver um campo de ténis, onde normalmente as crianças brincam. Ali, jogam ténis, futebol, andam de bicicleta ou de skate. 
Mais atrás há um grande campo onde estão plantadas muitas árvores de fruto. Todos todos os dias agricultores trabalham nessas terras. Ao seu lado vejo animais, um lindo cavalo branco, galinhas, dois
cães e um rebanho de ovelhas. 
Ao fundo estão várias casas e prédios seguidos por gigantes montanhas que tapam tudo o que está atrás delas deles. É para lá que vai o sol quando se põe e, nesse momento, vejo uma misturas de cores fantásticas no céu, enquanto o sol vai desaparecendo para detrás das montanhas lentamente. 
Esta é a minha vista preferida da minha janela, principalmente quando as nuvens ficam amarelas, rosas e roxas e tudo fica dourado e o sol banha a pele levemente, levando-me a um incrível e sossegado estado de relaxamento.

Mariana Lacerda




A vista mais inspiradora de minha casa é a da sala. A partir dela consigo ver uma grande parte da vila. Essa perspetiva inspira-me bastante, por vezes é lá que tenho ideias para aquilo que vou fazer. Muitas vezes, quando não tenho nada para realizar, simplesmente, vou para lá, e fico a ouvir música. É ela que, por vezes, me acalma e me faz sentir melhor. Adoro essa vista!

Henrique Ferreira


Da minha janela de eleição, consigo ver o caminho de pedra e o relvado, que me conduz a um sítio bonito e puro: o quintal. 
No quintal, vemos tudo viver num conjunto de natureza e humanidade. Nas árvores, os pássaros nidificam e cantam alegremente, esvoaçando quando ouvem os garrafões a fazer barulho ao vento e que lá estão para que não comam as couves. 
Os muros têm cedros em cima que contêm vários tons de verde e amarelo, num deles, há até uma roseira que nos dá brilhantes rosas vermelhas.
Ao fundo conseguimos ver um pinhal, de onde saem pássaros coloridos que abanam as árvores e voam pelo céu azul, parecendo cruzar o sol.


Filipa Daniela Santos Dias





De Flor em Flor

Desafio-te a viajar...

Imagina que és um borboleta...

Dá asas à tua imaginação e descreve como seria essa tua viagem.


Resultados do desafio:


        Sou uma borboleta. Voo por cima do verde dos prados e jardins. Pouso numa flor da cor das minhas asas e cheiro o seu suave perfume. As pétalas macias são grandes e escorregadias. Bebo as frescas gotas de orvalho da manhã e espalho os grãos de pólen que ficam agarrados às minhas pequenas patas.

        Voo, depois, para uma flor amarela, de pétalas pequenas e finas. As folhas, muito abertas, são como um parque de escorregas divertido. 

        Rapidamente avanço para uma flor roxa e com detalhes pretos, de folhas largas e arredondadas. Confortavelmente lá fico por uns minutos, antes de voltar a voar pelo céu azul.


Filipa Daniela Santos


O Girassol


         Eu sou uma borboleta azul clarinha, adoro voar e passo os meus dias a viajar de flor em flor. Vivo num prado verde com muitas flores de todos os tamanhos, tipos e feitios. Já estive em todo o tipo de flores, rosas, violetas, tulipas, cravos, margaridas, etc. As minhas preferidas são os girassóis. No cimo de uma montanha há um grande girassol que cresce sozinho. Parece tão solitário, todos os girassóis crescem rodeados de centenas de outros girassóis, mas aquele não. Cresce no alto de uma montanha sozinho, nem deve ter amigos… 

         Esta manhã decidi voar até ao girassol, então fui de flor em flor pois uma simples e pequena borboleta como eu não conseguia voar tão longe de uma só vez. Foi uma grande aventura! Passei por tantas flores tão belas! 

         Depois de algum tempo cheguei ao girassol, ao pobre, coitado e abandonado girassol. Nunca conheci um girassol tão calmo, todos adoram falar e ser o centro das atenções, (talvez seja por isso que se chamam girassóis) mas aquele não.

         Aquele era diferente, era simpático, bom ouvinte e atencioso. Falamos durante horas e eu prometi voltar todos os dias, e assim foi.

         Agora aquele girassol é o meu melhor amigo, a minha flor favorita. E mesmo que a viagem para lá chegar seja difícil e esforçada vale a pena porque aquele girassol é diferente, mesmo que todos achem que isso o faz pior e estranho eu acho que o faz especial e único!


Filipa Daniela Santos


Desafio: Texto a crescer

 


O desafio lançado consistia no seguinte:

Texto a cresCer …    


Começa por escrever uma frase com 3 palavras. O que escreveres a seguir deverá ter 6 palavras. A terceira frase (ou frases) deverá ser composta por 12 palavras. A quarta será escrita com 24 palavras. A quinta terá 48 palavras.

 Quantas palavras terá a tua última frase? Consegues adivinhar?

 É óbvio! 96 palavras! E assim, constróis uma história!

 Exemplo:

(3 palavras) Era lua cheia. (+6 palavras) Eu queria chegar a casa depressa (+12 palavras) para me esconder. No caminho de regresso, coisas muito estranhas tinham acontecido. (+24 palavras) Ruídos sinistros e sombras fantasmagóricas pareciam seguir-me. Cheguei a casa, coloquei a chave na fechadura e, nesse mesmo instante, ouvi um grito aterrador... funesto! (+48 palavras)…


Resultados:

 

(3 palavras) O Quinto Império

(6 palavras) Um Império imaterial como este é,
(12 palavras) Só há Deus e a santa fé.

Esperado é o Messias
Pelo (24 palavras) povo, e consta nas profecias.

Ocidental rosto lusitano,
Louco em flor d’ idade,
Guerra aqui vou sem engano
Ao meu povo devo lealdade.

Luto (48 palavras) de minha vontade e
Conquisto até perecer,
Com alegria vou pisando,
A terra que me verá nascer.

Quatro grandes te sucederam,
Povos de outro jogral,
Terreno ter e expansão,
Não é facto de tua moral.


Tudo em ti é universal
Como que Império distinto.
És Reino de Portugal!

 

Joaquim Rodrigo Gomes Leal 12ºVB



Valor das Palavras

As palavras que são importantes para mim Existem muitas palavras pela nossa língua fora mas, todos sabemos que existem umas que são mais especiais, e que têm um significado mais profundo e belo para nós. Eu tenho uma lista dessas palavras. 

Criatividade. Faz parte da vida. Ajuda a atravessar os piores momentos, e forma muitos melhores.

Curiosidade. Sem esta,não aprenderíamos muitas das coisas que ficamos a conhecer ao longo da vida. Nem tudo se ensina na escola.

Amor-próprio. Saber amar os outros é importante mas, acima de tudo, é preciso saber amar quem vemos no espelho e o seu interior. 

Família e amigos. São os que estão lá quando necessitamos de um ombro amigo oude alguém com quem nos divertir. 

Feminismo. Como feminista, é meu dever falar. As feministas já alcançaram tanto, mas nunca conseguiram chegar onde querem, a equidade.

Diversidade. A única coisa que é preciso é respeito. Para que importa a cor de pele ou a sexualidade? 

Paz. Porquê guerras? Deram-nos uma boca para quê? Para lançar balas não foi certamente; mas para lançar palavras que têm um poder maior.

Ativismo. É importante falar sobre o planeta. A poluição vai destruir a nossa casa se não cuidarmos desta. 

Solidariedade. Ser amigo, ser solidário, ajudar. Só fazem de nós mesmos uma melhor pessoa, que sabe compreender os outros e a si mesmo.

Viajar, escrever e ler. Coisas que, pelo menos para mim, são relaxantes e importantes.

Sentimentos. Nem sempre fáceis de aguentar, mas essenciais para uma vida completa. 
 No fundo, tudo isto é sobre apreciar a vida, ou lutar por uma mais justa. 

 Autora: Filipa Daniela Santos, 7ºVD