Mais um trabalho realizado em colaboração com os alunos do secundário que integram este projeto - Gabriela Barros (10VB), José Pedro Couto (10VB), Ana Margarida Silva (10VC), e Joaquim Leal (11ºVB) -, a quem agradecemos a participação.
O texto permanece em aberto. Poderão dar-lhe continuidade, para além de um título. Aceitem o desafio!
Não
sei o que pensas sobre o assunto. Há muito que tenho vindo a pensar em tudo
isto... e não tem sido mesmo nada fácil. Só nos apercebemos das dificuldades
das situações quando nos encontramos nelas.
Sinto-me triste, magoada
e desiludida, por não te poder contar nada do que ando a sentir. Queria
dizer-te tudo e explicar-te que o que eu fiz foi para o nosso próprio bem.
Mesmo após todas as dificuldades,
juntos ultrapassamos todos os obstáculos e construímos pontes para o nosso
mundo, mundo este onde tu querias criar a nossa família, vendo naqueles enormes
prédios reluzentes e naqueles longos rios o reflexo da nossa felicidade.
Por vezes, sinto que tudo foi em vão e que não me amavas verdadeiramente.
Questiono-me e tenho uma ansiedade descomunal, travo todos os dias batalhas
interiores contra mim mesma e tento controlar pensamentos à base de “porquê?”
ou “será que…”. Isso mói-me, culpo-me todos os dias por nós.
Em determinadas situações,
questiono-me se fiz algo menos certo. Duvido se deveria ter escolhido um
caminho diferente do teu… Seria esse o caminho do nosso futuro? Estarias tu a
querer levar-me para o que consideravas ser o nosso futuro habitat?…
Contigo tudo era
diferente, mais fácil, mais alegre, mais leve…